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Número 7 (1981)

Classica 7 (1981)
Neste número “dialogámos com VERGÍLIO FERREIRA que também de clássicos tem muito que contar. Reflectimos com G. Durand, na sua passagem por Lisboa, pois que sobretudo ao mundo clássico tem ele ido buscar muitos dos seus materiais de base e a sua inspiração mais fecunda. Deixamos pistas de orientação. Procuramos informar sobre actividades desenvolvidas à nossa volta (...). Tentamos criar elementos de reflexão.”
Do Editorial: “Equacionar a permanência de uma educação que assegure a consciência e a explicitação da cultura clássica em termos de custos monetários é esquecer, pelo menos, que nem só de pão vive o homem. Importará, mais do que isso, questionar quais os custos reais do esquecimento dessa cultura e do apagamento dos meios e instrumentos que a ela conduzem. Aprender gramática não é tudo, nem talvez o aspecto mais importante quando dimensionamos o objectivo que é a fruição estética de um poema (lírico, épico), de uma peça de teatro... Mas não será possível lá chegar sem o encaminhamento que passa pela gramática. Desconhecendo Vergílio poder-se-á viver (ou dormir) sossegado e tranquilo. Mais tranquilamente que sem água a correr na torneira, o peixe no frigorífico, a energia eléctrica na tomada para o aspirador ou para a torradeira, o bife no prato ou o leite condensado... Mas importará saber se, sem tal conhecimento, será possível apreender o universo da epopeia ocidental, ou todo um conjunto de reminiscências que ecoam aqui e além na literatura moderna. Pretende-se também inventar uma linguagem. Mas funcionar com aquela que nos foi transmitida implica tomar consciência das ressonâncias (denotações e conotações) que lhe serem de base.
 
“Equacionar dois mundos em termos de custos implica, para que a operação tenha um mínimo de credentidade, que esses dois mundos sejam sobreponíveis e que qualquer deles seja passível de ser tomado como moeda de troca.” “Uma coisa não é possível ignorar pelo menos: a cultura clássica, como mundo organizado de conhecimentos, leva vantagem às outras correntes. Por muito que se queiram apontar fracturas entre ela e nós, a continuidade é reconhecida pelos espíritos mais lúcidos, os quais inclusivamente nela procuram por vezes uma compreensão das sínteses e dos valores que hoje lhes faltam.”

 

Sumário

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Bibliografia recenseada

  • Mário Martins, A Bíblia na literatura medieval portuguesa. Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa (col. “Biblioteca Breve”), 1979, 142 pp., Aires Nascimento (p.111)
  • Mário Martins, A sátira na literatura medieval portuguesa(séculos XIII e XIV). Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa (col. “Biblioteca Breve”), 1977, 135 pp.; Mário Martins, O riso, o sorriso e a paródia na literatura portuguesa de Quatrocentos. Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa (col. “Biblioteca Breve”), 1978, 118 pp., Aires Nascimento (p.112)
  • Luciano Rossi, A Literatura Novelística na Idade Média Portuguesa. Lisboa, Instituto de Cultura Portuguesa (col. “Biblioteca Breve”), 1979, 122 pp., Aires Nascimento (p.114)
  • Latim (textos de apoio para o 10.º ano de Escolaridade). Lisboa, Ministério da Educação e Ciência — Direcção Geral do Ensino Secundário, s.d., 164 pp., António Mateus Vilhena (p.115)

 


Direcção

Aires Augusto Nascimento
Victor João V. Jabouille
Arnaldo M. Espírito Santo
Maria Libânia Rebelo

Redacção e Administração: Departamento de Estudos Clássicos
Dactilografia e impressão: Associação dos Estudantes da FLL
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eISSN: 2183-6485
Lisboa, 1981